Tumores e outras doenças da órbita

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Tumores e outras doenças da órbita

Órbita  é a cavidade esquelética na face na qual o  olho e suas estruturas adjacentes se alojam, tendo como  função fornecer um ambiente protegido e estável para o globo ocular e suas estruturas. Diversos tipos de tumores podem acometer a órbita, seja como sítio primário ou de estruturas ao redor como pálpebras e glândula lacrimal, mas também como metástase vindo de outros locais.  O diagnóstico preciso da natureza dos tumores orbitários é de fundamental importância pois só assim é possível direcionar a abordagem clínica e cirúrgica destas patologias, bem como definir o caráter de urgência do tratamento.

O tumor pode empurrar o olho para frente à medida que cresce, causando o que chamamos de proptose. Outros sinais e sintomas são desvios no olhar (estrabismo), visão dupla, massas palpáveis ao redor dos olhos e perda visual. Em casos leves, o paciente pode perceber apenas uma leve diferença entre os olhos como se um estivesse mais saliente do que o outro. 

O diagnóstico é feito através do exame clínico complementado por exames de imagem como tomografia computadorizada ou Ressonância nuclear magnética. 

O tumor de órbita benigno mais comum em adultos é o hemangioma cavernoso.  Meningiomas, linfangiomas, adenomas de glândula lacrimal, cisto dermóide entre outros também podem ser encontrados na região. Já entre os malignos, os mais comuns são linfomas, sarcomas e carcinomas de células escamosas. 

Em crianças, os benignos mais encontrados são tumores dermóides e tumores vasculares como hemangioma capilar e linfangioma.  Os hemangiomas capilares tendem a desaparecer sem nenhum tratamento ao longo dos primeiros anos de vida,  no entanto, se estiver prejudicando a visão requer tratamento com medicação via oral (betabloqueadores). Já entre os malignos, rabdomiossarcoma é o mais comum. 

Os tumores metastáticos de órbita são raros e em 80% dos casos o diagnóstico do tumor primário já foi realizado. Em adultos os mais comuns são secundários a câncer de mama e próstata, já em crianças,Neuroblastoma e sarcoma de Ewing. 

O tratamento deve ser individualizado para cada tipo de tumor, mas geralmente a ressecção completa cirúrgica é indicada, sendo que alguns tumores malignos necessitam de terapia adjuvante como quimioterapia e radioterapia.  Em alguns tumores malignos avançados, a exenteração é indicada, uma cirurgia radical na qual é feita retirada de todo conteúdo orbitário, incluindo o globo ocular, gordura, músculos, pele e pálpebras da região. 

Sobre a Dra. Isabel Borelli

Minha história - Dra. Isabel Borelli

Médica formada pela  UNIFESP especialista pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia

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